Seus dedos, leves e serenos, entrelaçam a caneta para escrever...
Ele escreve-me, vem voando, são atentas as mãos do poeta,
Jovem poeta, com os olhos de anjo
E as asas de íbis negra.
Eu sussurro um acalanto para guiá-lo entre o sono e o sonho.
Dorme rasante rumo às águas amnióticas das fêmeas: cama.
Encontra minhas pontes pênseis na névoa, finos lençóis, de veleidades tempestivas,
Entre a nudez do meu corpo e a sombra que este faz na alma,
Perdidas, à mercê de ventos estúpidos com natureza de paixões inventivas.
O coração calcinado pelo ardor de desejos insanos
É umedecido pelo visitante que traz o orvalho da noite em forma de saliva.
Emergem segredos dos lagos ferventes,
Flor-de-lótus cospe fogo nas águas,
É um espetáculo o adejar dos anjos sobre as serpentes.
-Oh, meu Poeta Menino - digo a ele, baixinho:
"Sou uma Naja - Quando me fere, pico.
Um celo - quando me toca, soo.
Sou um poema quando por ti é escrito...
Sou tua 'La Dame Des Catacombes', Pedro,
Envolvida apenas dos noturnos chambres,
Vivo em teus sonhos e em meus sonhos
Você vive comigo."
CHLOE*
*:La Dame Des Catacombes
Meu anjo poeta...
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