domingo, 4 de novembro de 2012
Verdades Inconfessas (Pedro Drumond)
Verdades Inconfessas (Pedro Drumond)
Paradoxo
Infernal, celestial
O açúcar, o sal
A secura, a umidade
De dois olhos fitando um único abismo
Que é encantador pelo seu infinto
Preenchido quanto mais vazio
Entendido quanto menos respondido
Por mim passaram as verdades inconfessas
Por mim que viu o limite do eterno
Por mim nada resta
Um parto para cada poesia
Um sacrifício para a nova vida
Do amor que sobreveio à margem
Somos seres que foram despertos por outros
O sabor, a essência, a alma
Não é nossa por dentro do corpo
Guiado pela luz de outro caminho
Que sempre me ocultará meu verdadeiro destino
Eu sigo o rastro da fragrância jamais do meu
Mas de outro até mais avesso espírito - o Amor
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