segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Poeta Pálido (Pedro Drumond)





Poeta Pálido (Pedro Drumond)

Poeta Pálido
Cuja vida roubou os tons da alma
Cuja vida só lhe pôs no espaço
Para sufocar-lhe, esvaindo-se o pouco que restava

Poeta pálido
Que me dá a liberdade de ser
De escutar e principalmente...
Com sublinhas de intencionar o sentir

Poeta pálido
A quem se revela o passado
Visto que há de relembrar outras cores
Analisando qual frio redator
Dores aquelas que não passaram de amores

Poeta pálido
Quem me dera um abraço
Se na brisa eu também não evaporasse
Se de tão longe, meus versos aconchegam-se ao seu lado

Temo, dentre tantas confessas crises existenciais
Que o tema de temor desencarnasse uma verdade
Por ter vindo à superfície das palavras
Caso todo amigo, todo navegante
Só por ficção, utopia
Indubitavelmente te amasse

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