terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Certa Moça (Pedro Drumond)



Certa Moça (Pedro Drumond)

Choro buscando pelo seu brilho
Grito seu nome ainda que muito aflito
As leis do coração denunciar-me-ão
O que andas tu a aprontar neste mundo bandido

Nesta noite de poucas alegrias
Me ocorre uma brisa alcoviteira e debochada
A roubar a minha sonata sem luar da madrugada
Me trazendo manhosamente o espectro de um beijo seu

Prateado, envolvente e com alarde
Ela me segreda aonde hás de estar
E por quem encontra-te perdidamente apaixonado
Mas bem o sei que se trata de uma certa moça de cabelos dourados
Que dentro em breve abraçar-te-á ao fundo de farsas e vaidades
Envolvida de um sentimento onde nunca haveria a minha verdade

Tudo então torna-se-á meros indícios
E pobre de ti neste frio
Sem ela, sem mim
Sozinho.

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