Se lhe dizem algo esperando a tua lágrima
A melhor resposta virá do teu sorriso
O que somos nós em denodo de cartas marcadas
Se a única coisa que se roga é um perdão ao ser atingindo
E tudo aquilo que desprezamos em outro ser
Será em nosso próprio eu que abrigamos
Mas quem diria, atores somos capazes de ser
E no decorrer do dia a dia a nossa alma desfalecemos, desabrigamos
Quantas foram as sombras que já vieram indagar-me a respeito de luz
Quantas são as contas que podemos fazer dos pregos
Que mergulhados em trevas e em ignorância
Pregamos ao ser que fora o mais digno e jamais fora visto
E de braços abertos morreu na cruz
- Perdão, oh, Pai, Eles não sabem o que fazem!
Mas são com esses mesmos
Que mais aprendemos a nos conhecermos primeiro
O errado sabe bastante bem falar de quem não está certo
O mau trapo sabe bem como apontar quem não possui esmero
A mentira sabe bem como desmentir quem não esteja falando a verdade
A hipocrisia sabe bem como distinguir
Quem é pior:
Ela ou quem não possui uma tal de dignidade?
(Pedro Drumond)
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