sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O Máximo de Amor! (Pedro Drumond)




O Máximo de Amor!
(Pedro Drumond)

Não existem provas de amor - O amor já é, por si, a maior prova!
Serei justo com a existência:
Quantas vezes eu não evoquei a morte
Ao encontrar-me imergido em profundas tristezas e aflição?
Justo nesses momentos tão importantes que são
Por realmente imporem-se como densos e viscerais
Por nos sequestrarem rumo ao cativeiro de nossas almas
E por lá nos deixarem, desdenhosamente,
Afim de que vejamos quem realmente somos e podemos ser,
Quão estúpido, doravante, seria eu se me esquecesse dela
Nos momentos de paixão, de ternura, diria até de liberdade
Já que esses são ressaldos de brisas
Que possuem o dom de aliviarem as chagas
E nos tornam sequiosos da inocência, da pureza, do prazer
Cada vez mais, mais e mais...

De acordo com as peripécias do destino
Descobri que não existem acasos, senão somente o encontro
Daqueles que há tempos já se procuravam, mesmo sem saber a quem
Assim como aqueles que por ventura se separaram
O fizeram sabendo como viemos e partimos a sós deste mundo
E nesse ínterim, ninguém pode perder outro que também seja ninguém

Não, eu não esqueci dos meus extremos
Só porque hoje eu pude viver de uma intensidade sutil, há tempos ansiada,
Sou um ser humano, tão flagelado quanto divino,
Por isso não me redimo frente minha ameaça,
Meus álibis, minha sentença
Se a morte, como um sonho de um covarde, é um bálsamo
Para me livrar dos meus tormentos imaginários
Que também seja, no preço que se paga pela felicidade,
Uma apoteose para quem, como eu, já solveu-se demais
Dentro de suas próprias garantias

Que a morte me livre da dor ou da alegria, tanto faz
Mas que eu leve sempre comigo
O máximo de amor que puder da vida!
(Pois me recuso sair perdendo)
O máximo de amor que puder dessa vida, repito,
Pois sem cumprir com nossa presença
Nos resta apenas nos tornarmos a essência
Da esperança, da magia e da fé em nós mesmos
Cada vez mais, mais e mais...

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