terça-feira, 15 de outubro de 2013

Profundo Ser (Pedro Drumond)






Profundo Ser
(Pedro Drumond)

Profundo ser
De vida rasa
Escondido a viver
Na margem, nas bordas, na superfície amarga
Profundo ser que a tudo corrói
Asperamente pela crítica, pela briga
Pela violação da realidade

Tua face irrevelável
Tua ojeriza ao próprio sabor
Quando tantas donzelas vivem a esperá-lo
O que esperas? Torna-te inconfessável
Indisposto a te exterminar
Pobre, aguardas o amor...
Mau sabes tu, que esse veste-se com o manto da morte
Não queira-te ir antes de afogar
A louca, a profusa, a Diana dos bosques
Que findou por amá-lo, vespa, amaldiçoado!

Não adianta te soterrar
Não adianta sentir o sabor da grama
Tendo uma essência feita a mel
Nada faças...
Nada faças...
Só peço que observes - A Lua amanheceu no céu!

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