quarta-feira, 7 de março de 2012

O Pior dos Vilões



Futuramente, ao relembrar esta presente encarnação, direi que fui uma flor desabrochada na aurora boreal dos cosmos, semente de inexpressíveis nebulosas. Certa vez, ao cair da noite, espinhos que rodeavam meu solo petrificaram-me numa prateada e pálida rosa, que morri sendo.

Direi que não fui ladrão, que não fui milionário, que não fui padre, que não fui político, que não fui prostituta. Direi que fui sim o pior dos vilões, que não obstante inventara de querer ter o coração de Deus, visando num equívoco surreal ou total ausência de sobriedade, brincar nas poças movediças das mais complexas emoções - O ser que amou de alma pura!

Pedro Drumond

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