segunda-feira, 7 de abril de 2014

Irrelevância (Pedro Drumond)





Irrelevância (Pedro Drumond)

Vestimos fantasias de seres humanos.
Acreditamos no que vemos, no que ouvimos.
Acreditamos no que sentimos e no que tocamos,
Porém insondável como é o nosso espírito,
A vida é algo que nos revela a sua magia
Para nos ocultar da nossa fantasia.

Colhemos retalhos para aparentar
Uma dada forma de ser, quando na realidade
Somos mais especiais do que podemos imaginar
E acessando a essência dessa nossa importância
Menos engrandecidos ficamos, pois percebemos
Sua simplicidade em nos convencer
Que absolutamente nenhum de nós somos
- Tanto para o mundo exterior, quanto interior -
De fato quem aparentamos ou gostaríamos de ser.

Seja além, seja aquém,
Um fato do presente
Não pode ser de todo uma verdade,
Pois todo presente é convertido em mutação.
Entre a certeza e a dúvida é vero que o homem
Está destinado a alcançar o vácuo da eternidade.

Queiramos, portanto, elaborar
Outras questões universais pu na melhor das hipóteses
Nem dependermos da conclusão de qualquer uma delas.
Talvez assim, nos tornaríamos mais lúcidos
Mais esclarecidos, quem sabe, quanto aos significados
Entrelaçados à nossa simples presença,
Ao contrário de sermos inacreditavelmente
Mais ignorantes, mais filhos da dor
E menos conectados com nossa igual existência
Na medida que nos canta o passar do tempo.

Iluminemos nossa visão do grande nada
Até nos cegarmos da única irrelevância
Que ainda nos resta pelo menos - o amor!

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