domingo, 5 de maio de 2013

Penhasco - Progredir ou Regredir?





Penhasco - Progredir ou Regredir?

O amor é tudo que temos, mas, ainda assim, nós nos sentimos pobres, pobres porque precisamos do outro para acalentá-lo, para niná-lo, precisamos de um homem e uma lareira, para que o amor se aqueça, mas esse homem é frio e a lareira está apagada, por isso estamos com frio, mas ainda temos o amor, que é nosso, e não deles.

Nosso. Eles são de longe o amor em absoluto. São a ponte que apenas nos ligam ao amor, mas uma vez que se percam os elos dessa ponte, o contato primordial já foi estabelecido outrora e portanto não se perde. Ao olhar os olhos do ser amado, que com todo o seu jeito se mostra intocável e impoluto ao nosso coração, é para uma regressão interna que nós somos obrigatoriamente levados a passar.

 A vida é um penhasco, elevado a alguns metros acima de um abismo descomunal. Velejar nossos amores do outro lado do horizonte pode ocasionar-nos duas direções a seguir: Ou ir adiante ou regressar. Os amores progressistas nos levarão a decairmos no abismo da vida, que está logo ali, sorrateiro que só vendo! Já os amores regressistas nos fazem totalmente violentados à sermos puxados para um poço de águas profundas e dimensões intermináveis - Os vale onde nossas almas caem e não conseguem se reerguer, a não ser que pisem em si mesmas. Esse vale não é nada mais que o nosso próprio coração.

Pedro Drumond & Cibele Oliveira

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