sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Papeis Incondizentes (Pedro Drumond)






Papeis Incondizentes
(Pedro Drumond)

Nasci chorando, vivi amando
E morrerei sozinho, num rompante brusco, rapidamente...
Ser triste, contudo, está muito longe de ser um verídico infeliz
Assim como a euforia, a alegria, passa distante
Do verdadeiro estado do ser jubiloso
As almas tidas por felizes
Que a todos contagiam com sua energia vibrante
Em segredo são mais sofridas, desfiadas,
Cicatrizadas, portadoras de cacos
A vida é uma ópera
A vida é um fado

A vida, essa mesma da qual vos falo,
Muitas vezes educa nossas almas
Para que assumam papeis incondizentes com nossas verdades
A vida instrui nossas almas, deseducando-as
Nada está como a ilusão nos faz crer no controle
Teremos, mais hora ou menos hora,
De assumir tanto o heroísmo quanto a vilania
Ontem, amanhã, mais tardar ainda hoje

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