sábado, 23 de junho de 2012

Torpe de Ciúmes (Pedro Drumond)




Torpe de Ciúmes (Pedro Drumond)

Desafiei todos os limites
Como répobro sagaz, apossei-me de ti
Ah, cabocla, se tal amor tu sentisses
Teu destino guiaria-te só para mim.

No entanto quando menos desconfio
Do meu lar já foste embora
Ah, quem me dera desvendar-te a íntimo
Minha amada tu serias como nos sonhos de outrora.

Dói-me teu tamanho escárnio
Fazendo de mim um reles homem miserável
Tu que para meus anseios nada promoteu
Diga-me, quem velarás em teus braços?
Quem amar-te-á abandonado assim como eu?

Se acaso nada houvesse rompido nossa aliança
Tua, somente tua, seria minha total confiança
Agora, torpe de ciúmes, ameaço-te
Enquanto sutilmente o amor me consome
Hei de matar-me com bárbara mágoa do teu olhar
Eu que por infelicidade te amei
Morro sem saber se algum dia chegaste a me amar.

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