domingo, 9 de junho de 2013


O tempo passado, vivido, pode ser um grande acúmulo de um pouco de tudo, de um tudo de nada, mas somos areias movediças, sempre absorvemos mais e nunca há espaços preenchidos ao todo no interior de nós mesmos, de igual forma que não há um abismo que por mais boquiaberto que seja, não tenha passado pelo constrangimento de perceber moscas por ele entrando e que lá se perderam enlouquecidas por se depararem com tanto espaço infindo. Tudo em nós é um eco. E as moscas ingeridas da vida ainda estão lá, gritando.

Pedro Drumond

Nenhum comentário:

Postar um comentário